-
Arquitetos: Vapor arquitetura
- Área: 4530 m²
- Ano: 2020
-
Fotografias:Arthur Duarte
Descrição enviada pela equipe de projeto. São Paulo: novos usos para a mesma cidade. Projeto de retrofit em edificio no centro de São Paulo com alteração do uso comercial original do prédio para novo uso residencial. Inserido no contexto da volta ao centro e pela intensificação do uso habitacional da região, foi determinante para a incorporação a diversidade de tipologias e espaços abrangendo um publico mais heterogêneo, e ao mesmo tempo como uma alternativa aos prédios novos que estão sendo construídos no entorno.
Diante da premissa de não haver acréscimo de área construída, o projeto manteve a volumetria original do prédio caracterizando-o como um volume íntegro e silencioso à paisagem urbana. Como um monolito lapidado com chanfros, reentrâncias e subtrações resultantes do arranjo de varandas internas da nova disposição das tipologias. Uma nova camada infra estrutural foi inserida nas fachadas como suporte aos ramais prediais de refrigeração, irrigação e jardineiras. Junto da nova caixilharia dos apartamentos, com vistas abertas e ventiladas para o centro da cidade, esta estrutura de jardins e varandas contribuem para a privacidade entre as unidades, a sensação de conforto ambiental e a identidade do novo uso residencial do edifício.
Para resolução das unidades, foram concebidas 17 tipologias diferentes de apartamentos de 40 a 135 m2. Diante da configuração original do edifício, sem recuo no lote, com empenas nas duas laterais e no fundo (portanto com poucas fachadas para a diversidade de apartamentos) o projeto adotou estratégias dentro do código de obras, que viabilizaram algumas aberturas nas empenas cegas.
Recuos internos de 1.50m de profundidade, configurados como jardineiras sem acesso, resultaram em perfurações em uma das fachadas cegas, revelando uma nova vista para os apartamentos do fundo. Além dos tijolos de vidro, dispostos espaçadamente em algumas empenas coincidentes a modulação dos revestimentos dos banheiros das unidades, que trouxeram iluminação natural para estes ambientes. Para as áreas comuns do edifício adotou-se uma paleta de matérias terrosos e cores quentes, em oposição a neutralidade dos acabamentos externos.
O térreo de acesso do prédio é um ambiente monocromático em sub tons de laranjas e vermelhos que se deriva nas escadas de ligação aos pavimentos até ao terraço da cobertura - uma varanda de uso comum com horta, lavanderia coletiva e visuais para a cidade.